As
gostosuras iludem nossa zona obscura, por isso tanto queremos.
As
gostosuras fazem desenvolver as usuras sem censuras.
As
gostosuras são conjecturas sem rasuras.
As
gostosuras escondem perigo, satisfação imediata.
As
gostosuras estão em toda parte, sendo oferecidas a todo momento.
Vivemos
os momentos com muita frescura, preocupados apenas com a manufatura.
Somos
uma caricatura, a figura do excesso sem bom senso.
Vivemos
a desventura, reflexo dos exageros.
Nossa
aventura perdeu o rumo, estamos sem prumo, desnorteados.
E
as travessuras?
As
travessuras revelam nossa essência infantil.
Travessuras
não escodem, relevam.
Travessuras
não iludem, mostram a verdade.
Travessuras
têm perigo, mas a maior frustração é viver sem travessuras.
Travessuras
não camuflam a felicidade, travessura é sinônimo de felicidade.
Travessuras
e gostosuras se igualam no bom senso.
Travessuras
sem bom senso podem tornar-se uma gostosura.
E
as gostosuras sem bom senso podem tornar-se uma travessura transgressora.
Bom
mesmo é aproveitar as gostosuras da vida com muito cuidado.
Pois
a presunção e a pretensão podem estregar a doçura da nossa existência.
Bom
mesmo é brincar de viver com a vida, as travessuras saudáveis da vida.
Brincar
com as crianças nos faz lembrar da importância das travessuras saudáveis.
Essas
travessuras transmitem tranquilidade.
Essas
travessuras tratam nossos traumas.
Essas
travessuras nos fazem transcender e transformar nosso ser.
Viver
as travessuras saudáveis da vida com muita gostosura sem frescura.
Sentindo
a gostosura da vida, sabor terá a vida.
Transmitir
as aventuras e travessuras vividas, traz alegria.
Como
será a vida sem travessuras?
Um
verdadeiro tédio associado com terror e tristeza.
Por
isso pergunto: gostosuras ou travessuras?
Resposta:
certamente travessuras!