Como
somos imprudentes. Prudência é o mesmo que respeitar a si mesmo. Quanto mais
sábio, mais prudente.
Vivemos
arriscando nosso bom senso. Precisamos refletir bastante antes de decidir o
melhor caminho a ser seguido. Muitos exageram na coragem. Mas será uma atitude
louvável ou estão caminhando para o fracasso?
Como disse o poeta baiano Gilberto Gil “andar com fé eu vou, porque a fé
não costuma faia”. Será que realmente devemos abraçar uma fé irracional ou agir
com bastante prudência para evitar o caos?
Muitas
vezes agimos como se estivéssemos cegos. Coragem é importante, mas desde quando
esteja junto a prudência. Ser corajoso não é sinônimo de alguém forte, na
maioria das vezes revela uma pessoa extremamente fraca. Basta observar aqueles
que preferem arriscar sua integridade ao invés de controlar seu orgulho e
vaidade.
Aquele
que foi educado para ser prudente poderá ser bastante corajoso, no entanto, sua
coragem apresentará racionalidade e bom senso. Não haverá espaço para riscos
absurdos, sua fé será extremamente fortalecida pela razão. Certamente
encontrará paz e harmonia.
Corajoso
não é aquele que enfrenta todos para impor seus objetivos, mas aquele que se
mostra fraterno, caridoso e acolhedor diante do próximo. Corajoso não é aquele
que agride, mas aquele que após ser agredido consegue perdoar, e entende a
fraqueza do agressor. Corajoso não é
aquele que realiza aventuras extraconjugais em busca de prazeres da carne, mas
aquele que sabe dizer que o amor acabou de forma respeitosa e harmônica.
Corajoso não é aquele que arrisca sua vida em busca de prazeres momentâneos,
mas aquele que consegue seguir seus objetivos e princípios sem permitir a
influência contraria de pessoas que ainda não adquiriram a racionalidade.
Como
disse Confúcio “Saber o que é correto e não o fazer é falta de coragem”. Sendo
confrontado com situações que, mediante profunda análise, concluímos ser
incoerentes com os princípios sociais, devemos reagir com extrema coragem. E
neste caso, buscar na prudência o amparo necessário para assegurar a coragem
racionalizada.
Allan
Kardec, codificador da doutrina espírita, afirma que “os homens semeiam na
terra o que colherão na vida espiritual: os frutos da sua coragem ou da sua
fraqueza”. Com isso, devemos ter bastante coragem raciocinada para enfrentar os
desafios, caso contrário, deixaremos nossas fraquezas expostas revelando a
nossa verdadeira essência.
Coragem ou imprudência? |